Se fosse comigo
Saturday, October 14, 2006
  Alberto e sua linda visitante
Minha namorada está chegando de viagem dentro de duas semanas. Na verdade, não é um namoro fixo. Nos conhecemos há mais ou menos um ano, aqui mesmo na minha cidade quando ela estava em férias. Nosso encontro foi muito bom e, como não temos compromisso com outras pessoas, ela resolveu voltar agora para curtir um pouco mais. Eu estou levando as coisas assim, mas acho que talvez ela esteja fazendo planos para uma relação séria. Tenho essa impressão sempre que nos falamos por telefone. Ela até falou de mim para os seus amigos em Belo Horizonte. Ela é bonita, inteligente, divertida e razoavelmente independente, mas ainda assim tem aquelas coisas de que o homem é que paga a conta do restaurante, mesmo que antes de voltar para casa a gente pare em um caixa eletrônico e ela me reembolse. Acho que poderíamos até pensar em morar juntos, no futuro, mas não transamos mais do que umas cinco vezes e acho que é precipitado falar disso agora. Não quero cortar seu entusiasmo, pois realmente gosto dela. Mas também não quero fazer coisas que a incentivem a deixar o trabalho e se mudar para Salvador. Até porque aqui não seria fácil arrumar um emprego para a sua qualificação profissional. Estou numa de "devagar com o andor que o santo é de barro".
O problema, o grande problema, é que justamente agora que ela está por chegar, uma amiga me pediu que eu abrigasse, por uns dias, uma conhecida sua que veio da França, passar um tempo em Salvador. A hospedagem que ela pensava estar garantida não deu certo e a menina ficou no meio da rua, com toda a sua bagagem, assim que desembarcou do aeroporto. Quando eu vi a criatura topei recebê-la em casa imediatamente, o primeiro pensamento foi levá-la para a cama. Mas botei cara de quem está fazendo uma grande concessão e carreguei uma de suas sacolas. No máximo por dez dias, disse, ressaltando que eu receberia uma visita logo depois.
O velho lobo mau tinha em sua toca um chapeuzinho rouge de uns 19, 20 anos, do tipo jovem parisiense entediada. Se a família dela recebesse uma foto minha, olhando para a garota, pediria imediatamente que a Interpol a resgatasse do meu apartamento. Mas sosseguei o facho. Percebi que a menina estava desconfortável, ou fingia, pois achou ótimo ter encontrado abrigo no centro, perto da praia. Em pouco tempo, ela se tornou a alegria da rua. O hábito de usar calças e shorts transparentes, mostrando a calcinha em relevo, causa furor entre os caras, especialmente quando vamos ao bilhar e ela se debruça sobre a mesa para uma tacada. Eu faço cara feia, do tipo "que é que tão olhando?" e volto para o jogo. Ela provoca, esperando uma cena de ciúmes.
Para agradar ao seu anfitrião, a francesinha começou a fazer comida para quando eu retornasse do trabalho e a limpar a casa. Também gasta horas escutando meus CDs, na sala onde improvisou seu quarto. Quando o telefone toca, ela abaixa o volume e se afasta. De vez em quando, volta e se senta no sofá, ao meu lado. Está sempre sorridente e gosta de demonstrar gratidão me abraçando. Ontem, depois que minha "namorada" mineira desligou o telefone, ela encostou a cabeça no meu ombro e eu a acomodei deitada, com a cabeça no meu colo, sem que ela esboçasse uma reação. Em pouco tempo, minha mão estava percorrendo sua barriguinha e deslizando sobre os seios, que outro dia vi de relance, quando ela se abaixou para recolher uma capa de CD. Aproximei-me do seu rosto para um beijo e, quando nossos lábios se tocaram, ela se levantou correndo e começou a chorar. Não sei se está fazendo gênero ou confusa, mas sinto que ela estå doida para transar. Mas só vai fazer isso se eu disser que estou gostando dela. Eu faria tudo para levá-la para o meu quarto, até dizer que estou apaixonado, o que não é verdade. O problema é que em seis dias chega a minha visita.
 
Comments:
hum!!! gostou mesmo desse negócio, né?!!! num li esse primeiro texto.. mas vou acompanhar esse blog daqui tb!!! beijo
andréa
 
Mon cher Gijó,
se fosse comigo... bem, se conselho fosse bom a gente não dava; vendia, pra faturar unzinho, né? Voltando à questão do impasse (Dar ou Não Dar.. ou... Comer ou Não Comer, eis a questão!) , segundo relatos de outra amiga que morou uns 3 meses na Europa, o problema das mocinhas européias não é dar a periquita, mas beijar na boca!!! Segundo ela, as moçoilas do outro continente não têm o menor drama de consciência em fazer a felicidade da galera, mas beijar na boca por lá é sinônimo de querer ir pra cama. Resumindo: Beijou, tem que rolar transa!
Essa amiga ficou numa saia justa por conta dessa, digamos assim, peculiaridade cultural.
Vai ver que foi por isso que a francesinha teve um piti repentino!
Em território baiano, a gente pode beijar à vontade e fazer até outras cositas más, sem que isso implique chegar nos finalmentes! Se aqui fosse como lá, depois do Carnaval, tinha um monte de gente de repouso porque não ia agüentar o tranco, hahahaha!!!!
 
Gilsinho... pela reacao da mocoila so vou dizer um coisa - se saia!!!

E invoco nossos amigos de axe do BUena Vista SC

No deje el camino por correr la vereda...
 
Pra tal impasse, só apelando pra uma das construções mais sofisticadas da língua neoportuguesa: Eu você ia!
 
Oi Gilson, essa estória promete hem...

acho que o seu personagem vai ficar enrolando as duas como os bons baianos fazem... e depois vai acabar recebendo um ultimato...

vou aguardar mais uns capítulos para sugerir idéia!
beijos
 
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