Se fosse comigo
Wednesday, November 22, 2006
  O jornalista que copiava
Trabalho no Maior Jornal do Norte e Nordeste do Brasil (MJNNB) há quase cinco anos e já escrevi sobre economia, política, empregos, automóveis, cultura, internacional, geral, Brasil, enfim, quase todas as editorias. Minhas matérias sempre foram muito elogiadas por colegas e leitores, mas eu nunca fui promovido. Continuo ganhando como um repórter em início de carreira. Essa semana, me ocorreu que não vale a pena me esforçar para fazer bons textos, já que aparentemente eu posso escrever qualquer absurdo e continuar empregado no Maior Jornal do Norte e Nordeste.
Esse pensamento me ocorreu depois que o MJNNB publicou, no sábado, dia 18 de novembro, uma errata, reconhecendo que metade de uma matéria escrita por um repórter especial (que ganha quase o dobro do meu salário), sobre o Rio São Francisco, havia sido copiada de um informativo publicado pela Marinha do Brasil no ano anterior. O repórter viajou para o interior, com direito a caixinha "e as porra", e voltou com o texto pronto de outra pessoa e o publicou, sem mudar uma vírgula. A farsa foi descoberta porque o oficial da Marinha, que escreveu o texto quando ainda servia no Rio de Janeiro, agora trabalha no setor de comunicação social do II Distrito Naval e tem por costume ler diariamente os jornais.
O oficial foi até a redação com o texto original em mãos e o mostrou aos editores do MJNNB. A partir daí, foi feita uma busca na internet e se comprovou que o repórter copia há anos textos de assessorias de imprensa, bulas de remédio e receitas de bolo. O jornal publicava os textos como se fossem de seu funcionário e, não raro, as matérias viravam manchete. Dessa vez, ao invés de navegar na internet para pescar matérias prontas, o repórter mergulhou de cabeça no universo dos marinheiros.
Com todas as provas reunidas pelo MJNNB, pensei comigo: agora o jornal vai tomar uma providência! Ainda mais depois de ter pago R$ 600 mil por ter publicado em 1997, sem a autorização do autor, uma foto totalmente descartável de um artista plástico, além de ser obrigado a republicar a foto na capa, com os devidos créditos, cumprindo decisão judicial.
Ledo engano, o repórter especial do MJNNB recebeu da direção do jornal uma segunda chance, depois de ter chorado "copiosamente" (não resisti ao trocadilho) e dito que isso não se repetiria nunca mais. Eram, digamos, águas passadas.
Como não vejo a possibilidade de receber uma promoção, estou pensando em sugerir ao MJNNB a criação de uma editoria CTRL C/CTRL V, para os momentos de aperto. Eu mesmo estou me escalando para o serviço. a nova editoriaI poderia ser de grande valia para uma empresa que não gosta de pagar hora extra. Se não dá para entrevistar uma fonte antes do final do turno de trabalho, recorre-se a uma matéria clonada. O jornal poderia contratar, inclusive, o ex-jornalista do New York Times, Jason Blair, para copiar textos em inglês. Será que vai colar?
 
Comments:
Também trabalho no MJNNB e estou pleiteando uma vaga na editoria CTRL C/ CTRL V. Mas, ao que parece, só os répórteres com experiência em clonagem poderão fazer parte dessa editoria que, me disseram, tem melhores salários. É mesmo uma pena porque gostaria de ganhar dinheiro sem fazer nada. Tenho especialização em operar máquina de xerox. Se servir para alguma coisa, tô aí.
 
Também trabalho lá. Será que também rola para mim um lugarzinho na editoria CTRL C? CTRL V.
 
Socorrrrrroooooooo!!!!!!

É a única coisa que posso dizer neste momento....

P.S.: Tb trabalho no MJNNB
 
chorou copiosamente é óbvio e ótimo. sabia q vc nao iria me decepcionar
 
Rapaz,
você só pode estar brincando. Este negócio de copiar matérias no MJNNB nunca existiu.
Como também é uma mentira deslavada aquela história de que os editores e alguns repórti do MJNNB vendiam espaço no referido, transforamndo o Vespertino em um imenso mercado persa.
É tudo mentira. Já passou da hora de pararmos com estas aleivosias.
 
Trabalho no Maior Jornal do Norte e Nordeste do Brasil (MJNNB) há quase cinco anos e já escrevi sobre economia, política, empregos, automóveis, cultura, internacional, geral, Brasil, enfim, quase todas as editorias. Minhas matérias sempre foram muito elogiadas por colegas e leitores, mas eu nunca fui promovido. Continuo ganhando como um repórter em início de carreira. Essa semana, me ocorreu que não vale a pena me esforçar para fazer bons textos, já que aparentemente eu posso escrever qualquer absurdo e continuar empregado no Maior Jornal do Norte e Nordeste.
Esse pensamento me ocorreu depois que o MJNNB publicou, no sábado, dia 18 de novembro, uma errata, reconhecendo que metade de uma matéria escrita por um repórter especial (que ganha quase o dobro do meu salário), sobre o Rio São Francisco, havia sido copiada de um informativo publicado pela Marinha do Brasil no ano anterior. O repórter viajou para o interior, com direito a caixinha "e as porra", e voltou com o texto pronto de outra pessoa e o publicou, sem mudar uma vírgula. A farsa foi descoberta porque o oficial da Marinha, que escreveu o texto quando ainda servia no Rio de Janeiro, agora trabalha no setor de comunicação social do II Distrito Naval e tem por costume ler diariamente os jornais.
O oficial foi até a redação com o texto original em mãos e o mostrou aos editores do MJNNB. A partir daí, foi feita uma busca na internet e se comprovou que o repórter copia há anos textos de assessorias de imprensa, bulas de remédio e receitas de bolo. O jornal publicava os textos como se fossem de seu funcionário e, não raro, as matérias viravam manchete. Dessa vez, ao invés de navegar na internet para pescar matérias prontas, o repórter mergulhou de cabeça no universo dos marinheiros.
Com todas as provas reunidas pelo MJNNB, pensei comigo: agora o jornal vai tomar uma providência! Ainda mais depois de ter pago R$ 600 mil por ter publicado em 1997, sem a autorização do autor, uma foto totalmente descartável de um artista plástico, além de ser obrigado a republicar a foto na capa, com os devidos créditos, cumprindo decisão judicial.
Ledo engano, o repórter especial do MJNNB recebeu da direção do jornal uma segunda chance, depois de ter chorado "copiosamente" (não resisti ao trocadilho) e dito que isso não se repetiria nunca mais. Eram, digamos, águas passadas.
Como não vejo a possibilidade de receber uma promoção, estou pensando em sugerir ao MJNNB a criação de uma editoria CTRL C/CTRL V, para os momentos de aperto. Eu mesmo estou me escalando para o serviço. a nova editoriaI poderia ser de grande valia para uma empresa que não gosta de pagar hora extra. Se não dá para entrevistar uma fonte antes do final do turno de trabalho, recorre-se a uma matéria clonada. O jornal poderia contratar, inclusive, o ex-jornalista do New York Times, Jason Blair, para copiar textos em inglês. Será que vai colar?
 
ha ha ha
Só quem trabalha no MJNNB sabe quantos podres há.
 
O sábio Mino Carta disse uma vez: "Você já viu repórter sério ficar rico? Ou você é sério ou você fica rico".
Ele se referia aos jornalistas que produzem matérias e reportagens.
Achei sensacional e comecei a prestar atenção na relação salário/credibilidade de alguns jornalistas.
Não é que ele estava certo...
 
Sabe o que é isso? Jornalista é prepotente...Tivéssemos um pouco mais de humildade, teríamos admitido que precisamos, sim, de um Conselho. Afinal, haja editor para fiscalizar se o lead tá no google (o que dizer da matéria inteira). E agora, quem pune? Na verdade, é capaz até de rolar uma promoção...Eu já vi acontecer...
 
"Afinal, haja editor para fiscalizar se o lead tá no google (o que dizer da matéria inteira)". E eu me pergunto, desde quando redação de jornal é creche para ter alguém se responsabilizando pela natureza da autoria do trabalho dos outros?
 
Como me disse um colega do MJNNB,tamanha indignação não deixa os trabalhadores do antigo vespertino perceberem que há uma evolução em curso. Esse caso mostra que o referido jornal deixou de lado o jornalismo arcaico e entrou de vez no jornalismo moderno, o de copiar e colar. Para quem não sabe, é um importante debate acadêmico: De quem é o conhecimento afinal? Agora, em breve teremos o passo definitivo dessa evolução, que é o jornalismo pós-moderno, o jornalismo que inventa notícias. Parece até que já estão importando o Know How....
 
O MJNNB tem essa coisa de passar a mão na cabeça de quem é flagrado em um crime. Tem um contínuo, por exemplo, que todos os dias sai da redação carregado de papéis (e pertences alheios), todo mundo sabe e não acontece nada. Um dia ligaram para um celular que havia sido roubado e quem atendeu?
 
Jornalista e editoria CTRL A + CTRL C + CTRL V não é novidade nenhuma e não poderia ser mais moderno. No pasquim da malvadeza, por exemplo, até títulos e manchetes são da Agencia Estado. Todos os segundos cadernos que conheço, em algum momento, reportis e intelectuais copiam a porra toda e depois assinam.
Agora vem a sacanagem com o rapaz que foi lá pro são francisco, calor da porra na cabeça (pouco cabelo é uma desgraça), sede dos infernos, estrada esburacada e ainda querem que o cara crie matéria por metro
 
gozado: quando é com um político todo mundo chama de safado, desonesto. Mas jornalista é diferente
 
É... passei quatro anos estudando, com dor de cabeça e me acabando para ter o infeliz do diploma e agora tudo o que precisava era de uma aula sobre atalhos na informática. Um simples ctrl+c e ctrl+v pode dar grandes salários. Agora a questão: isso é bom ou ruim?
Ah! Eu também quero uma vaga no MJNNB!!!
 
Gilson... Isso não pode ficar assim, sem maior repercussão. É preciso mandar essa história pra fora. Esse cara apronta muitas há tempos, e o jornal tantas outras.
 
O legal que aqui só comenta anônimo e ninguem fala o nome desse tal jornal.. cadê a liberdade de imprensa? Seria esse jornal o A Tarde? o Correio da Bahia? O Jornal do Zé???
 
por que esse cara não foi logo demitido?

será que uma reunião para dizer que reconhece que cometeu "uma falha" é o suficiente?

onde está a moral dessa redação?

ó meu deus!

dai-me forças para ter criatividade, honestidade e ética apesar de tudo.

e que eu não seja hipócrita como com certeza algumas pessoas que adorariam viver na preguiça do copy/paste e só não fazem isso porque tem um pingo de medo de perder o emprego.

agora... fudeu.
 
Caro,
Tem coisa mais gostosa do que chutar o balde?
Parabéns! E aprendi rápido: controlcopiei e controlcolei o seu post inteirinho no meu blog. Ficou uma beleza!E mandei para uma centena de pessoas. Esta história tem que ganhar o mundo pra ver se este mundinho nosso melhora um pouquinho.
Grande abraço
 
Festival de mau caratismo. O dono do blog demonstra mais inveja e auto-estima baixa do que interesses morais profissionais relevantes. Não há como classificar a atitude do "autor" da matéria clone. A crise está instalada no jornal - e não no jornalismo. Se houver demissões, que atinjam a todos, inclusive ao editor (ou editora) que fez vazar o teor da reunião interna para o repórter iniciante.
 
Que "reunião interna" é essa? Li e reli o texto original e não achei menção nenhuma a reunião qualquer. Vai, divida com a gente como é que o MJNNB se organiza...mas peraí, o MJNNB é ficção, né?
 
pode me chamar de dora, copia dora
 
Isso "que se vayan todos", que nem na Argentina
 
É impressionante como os valores se invertem e o cara sem ética que copia publicações da Marinha, releases e afins acaba sendo classificado como vítima. Coloco como suspeitos todos que defendem isso.
 
Que coisa feia, Gijó... Tá me cehirando a inveja pura do repórter especial... Quem diria que o Gijó fosse tão mesquinho e invejoso
 
Comentário sob aprovação? Ah, ah, ah. Só vão ser publicados os que o "autor" deixar
 
nosso querido gijó da bahia apenas sintetizou o pensamento coletivo. viva gi. viva jó. espero que não sobre pra vc. se rolar algo, avise que a gente se mobiliza. se é que mobilização é algo que existe no Melhor Jornal do Norte e Nordeste do Brasil.
 
Trabalhei no MJNNB e acho muito saudável essa "crise", já vi de tudo ai: sumiço de celular, encomendas desviadas, e outras pequenas e grandes desonestidades. O nome é esse, infelizmente.
Erros e negligência com o trabalho na medicina é grave. Será que no jornalismo é bobagem? Já vi alguns déspotas perderam cargos que aparentavam ser "vitalícios" ai (no MJNNB)... Não tem nada que seja eterno. E para o MJNNB se tornar o que se espera, muita coisa precisa acontecer. Para começar é preciso abolir o medo da liberdade de expressão (e acabar com a liberdade de pensar e falar apenas nos corredores e bem baixinho). Se o jornal acobertar a imperícia profissional e punir a livre expressão, o MJNNB continuará a ser um lugar que, numa Bahia aparentemente em fase de transformação, ainda impera o MEDO.
 
É preciso ter a capacidade da indignação para permanecer jornalista...
 
Sinceramente, defender “o jornalista que copiava” por essa barbaridade equivale a ser tão desonesto quanto ele. Há uma visão distorcida que insiste em confundir inveja com ética. Sabe-se lá por quê. (Será que rolaram alguns trocados aí por debaixo dos panos? Tudo pode acontecer entre esse tipo de gente!) Nossa ética - não só a de Gilson, mas de todos os demais repórteres QUE PRODUZEM SEUS PRÓPRIOS TEXTOS e ganham MUITO MENOS por isso - vale MUITO MAIS que esses trocados. Vale RESPEITO. Não estamos tendo RESPEITO em um jornal onde só há promessas distantes de plano de cargos e salários. Num jornal que não promove a moralização, varrendo de seu quadro um profissional do tipo do “jornalista que copiava”, enquanto deixa alguém como Gilson e tantos outros penando entre a função de repórter, subeditor e fechador de página, GANHANDO O MESMO QUE UM REPÓRTER INICIANTE. Já dá pra imaginar esse caso sendo comentado nas aulas de ética das faculdades como "estudo de caso". E nós, o resto da redação, seremos o contexto desse estudo de caso. Seremos taxados de otários, panacas, apáticos, porque nada fizemos - a não ser que alguém se lembre de Gijó da Bahia. O resto é babaquice.
 
eu num gasto mil dola nisso
 
Isso poderia circular numa lista interna tb e, dessa forma, os "cabeças" do jornal não poderiam se eximir.... é preciso que a empresa se posicione e de forma CLARA. prestando contas de seus atos a toda a rede de pessoas que na Bahia, e fora, desejam práticas diferentes. Ningém assina seus comentários, claro, ainda vivemos os resquicíos do Brasil Colônia, em que a senzala conspirava em silêncio e ainda temos medo dos ditadores de todos os tempos... 1964 me veio a cabeça.
 
se quiserem alguem pra copiar do catalão me candidato! um freelinha agora até que não iria mal... hehehe... e quanto a vc, gijó, vaya cojones! só espero que, na falta de um sindicato igualmente cojonudo, os coleguinhas estejam do teu lado. Só para o caso do mjnnb não ser tão benevolente contigo quanto é com seus copistas...
 
Ao pleitear uma vaga na "editoria copiar e colar", o repórter imagina ironizar, mas escorrega mesmo é no ato falho. Ganhar dinheiro sem trabalhar. O que transparece na maioria dos textos postados é uma insatisfação com o jornal. Aí vai a pergunta: por que diabos tantos insatisfeitos continuam no batente, sendo explorados, trabalhando muito e levando pouco? Sugiro a revoada para a temporada de promoções dos demais jornais, emissoras de TV e de rádio. Para as promoções de cargos rentáveis das assessorias e agências de publicidade. Nesses locais, quem trabalha muito sempre vira um babaca especial.
 
Ato falho? o autor desse comentário, anônimo, disse que o repórter imagina ironizar...E ele mesmo imagina ser um exímio conhecedor da alma humana. Muito blá, blá, blá, pouca coragem de dizer pelo menos quem escreveu.
 
Todo mundo do meio jornalístico sabe que no MJNNB tem repórter que passa o dia inteiro sem fazer nada, que chega tarde e sai cedo (a loirinha que trabalha na editoria do jornalista que copiava que o diga), que finge que trabalha, que copia release e textos de outros jornais, que puxa-saco de chefes, que inventa personagens, que faz trabalho de estagiário, que não tem ética alguma. Mas daí a utilizar o artifício do CTRL C / CTRL V é inadimissível. Por muito menos colegas já foram demitidos. Esse é o MJNNB.
 
Dizer que Gijó tem inveja é um pouco demais né, afinal qualquer um que saiba ler um mínimo consegue ser exitoso em copiar e colar. Quanto às pretensas demonstrações de insatisfação... Quem pode achar massa um jornal tratar essa prática como normal? A partir daí, a suspeita começa a pairar sobre todos, não faltarão fontes olhando desconfiadas.
 
Recomendo a todos a leitura do texto http://www.puc-campinas.edu.br/centros/clc/jornalismo/revista/JORNALISMO%20V6%20N1/jorn4.pdf

É bastante explicativo.
 
http://www.puc-campinas.edu.br/centros/clc/jornalismo/revista/JORNALISMO%20V6%20N1/jorn4.pdf
 
Realmente não há como defender o copista. Mas uma sucessão de erros não resolve este. Há anos venho observando a tolerância geral com todo tipo de absurdo no cotidiano da nossa indigente imprensa baiana. Não é por acaso que hoje temos menos jornais diários do que Sergipe. Sem deesmerecer o vizinho, mas temos uma população várias vezes maior e um PIB várias vezes superior, o que, em tese, criaria um mercado com capacidade de absorver mais publicações e com maior tiragem. Há, sim, muita responsabilidade sobre os ombros de editores e dirigentes das empresas. Mas e nós, jornalistas, somos totalmente inocentes na história? Por que todos os comentários - inclusive de quem critica Gijó - são anônimos? Será que o anonimato é o caminho? E por que nem mesmo anonimamente nos posicionamos sobre as raízes do problema? Por mais errado que esteja o copista - e repito, sua conduta é indefensável - será mesmo correto fazer um linchamento moral à base de estocadas anônimas? Afinal, do que têm medo os colegas que sequer têm coragem de citar que o tal MJNNB é o jornal A TARDE? Será que eu serei processado por isso? Os nossos salários são aviltantes? E por que as nossas assembléias são vazias? Ora, por favor, antes de começarem a falar mal do Sinjorba e de quem se dispõe a carregar aquela cruz, façamos um exercício de auto-crítica! Causa indignação a impunidade? Então por que os debates sobre o Conselho mereceram tão pouca atenção dos jornalistas? Por que tantas opiniões contrárias baseadas no superficial achismo? Por que ninguém se insurge contra o absurdo de as matérias de política do Correio da Bahia nunca saírem assinadas? Que este fato lamentável nos estimule a conversar civilizadamente sobre jornalismo, sobre ética profissional. Essa situação nunca vai mudar se continuarmos evitando o debate sério e aberto, se continuarmos desacreditando as nossas entidades como justificativa para as nossas omissões. Gijó está exposto a riscos por ter agido isoladamente e pela forma encontrada para manifestar sua indignação. Mas pense bem companheiro: o copista não é o responsável por você nunca ter sido promovido, nem pela inexistência de um plano de cargos e salários, muito menos pelos salários aviltantes. É diferente no Correio da Bahia? E a Tribuna, que tal? E as emissoras de rádio e TV? Por acaso o paraíso seriam os escritórios de assessoria onde jornalistas-empresários adotam práticas muito semelhantes
às dos jornalões? Reitero a minha reprovação à apropriação da produção intelectual de outros. Não é só deslize ético, é crime mesmo. Basta ver o que diz a legislação sobre direito autoral. Mas reprovo com ainda mais convicção qualquer arremedo de tribunal da inquisição formado por "juízes" abrigados pelo anonimato. Para finalizar, como membro eleito e até aqui não empossado na Comissão de Ética do Sinjorba, faço de público uma crítica aberta à direção do sindicato por não ter dado posse à comissão. E que fique claro: acredito na organização dos trabalhadores em sindicatos (sou filiado a dois), tenho grande respeito e admiração por Kardé e demais companheiros e companheiras da direção do Sinjorba. O assunto é sério demais para ser tratado virtual e anonimamente. Se não temos uma Comissão de Ética local, podemos encaminhar o caso para a FENAJ. Pergunto aos autores e autoras dos comentários anônimos: quem se habilita a assinar a denúncia? Ou, caso a nossa comissão seja finalmente instalada, quem tomará a iniciativa de provocá-la? Cumprimento Gijó pela sua coragem, ainda que tenha sido infeliz na forma.

Ernesto Marques
 
Caro colega, o que mais me indignou nesse incidente foi a atitulde de outros coleguinhas. Qdo um jornalista faz algo desse tipo é falta de carater, mas qdo vários o defendem está claro que o problema está na falta de ética, que parece está contaminando nossa profissão. Uma pena ler comentários anônimos de pessoas que ignoram o fato original para atacá-lo.
 
1. se os comentários são anônimos, como saber se seus autores desconhecem o fato original?

2. tem gente que não entende ironia. ô, burrice da profissão!

3. mobilizar-se é diferente de sindicalizar-se... ainda mais quando os sindicalistas... ãh... deixa pra lá.
 
Gijó, meu filho. Aqui quem escreve é Marcia Gomes, gostaria de lhe pedir a caridade de quando postar os comentários assinados por nomes como o meu (Marcia) colocar o sobrenome. Só na redação do MJNNEB existem três Marcias. Eu não sou a autora do post assinado por Marcia (sei-lá-de-quê) e não gostaria de ter minha pessoa cogitada como uma das que está participando deste escárnio. Minha opinião prefiro guardá-la e se perguntada por quem é de de direito aí sim exponho. Beijo grande, de quem te admira e respeita como profissional e ser humano.
 
This comment has been removed by the author.
 
Querida Márcia Gomes,

Quem atribui o nome é a pessoa que escreve. Não tenho como saber quem mandou o comentário. Se alguém assinar como Ernesto Simões Filho, não tenho como me certificar sobre o nome que consta em sua carteira de identidade. Beijos.
 
Gijó,

ouvi dizer q este mesmo jornalista foi o autor da matéria sobre o plágio da marca do carnaval de Salvador... coincidência, hein??
 
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